Meu Conto, Tu Contas #1

Ele retomou o fôlego, abriu a porta e seu passado o atingiu como um soco no estômago.

No Conto da Parede #17

Aquela era a última vez que a sua esposa estava sendo fria daquele jeito com ele. Fria como uma

No Conto da Parede #16

– Mamãe, olha aquele suco que o Miguel deu ao irmãozinho dele hoje. MAMÃÃÃE!!!

– Oi rapazinho, você está perdido?

– Não. Eu estou com a minha mãe. Isso é o que?

No Conto da Parede #11

“O que você quer ser quando crescer?” Essa pergunta ainda se repetia na sua mente, até mesmo depois de adulta.

Um questionamento extenuante que a perseguia implacavelmente. Hoje, em outro contexto, é claro. Porém, a sua resposta era sempre a mesma: “Eu quero ser quem eu sou.” Quem sabe num futuro,

No Conto da Parede #8

“Não pode ser!” Ela gritou. E gritou novamente. O quarto estava escuro e ela olhava para frente, incrédula.

A luz da tela do celular, solto entre as suas coxas, dava ares de suspense ao seu rosto, como em filmes de terror. Não demorou e a claridade diminuiu. Ela se assustou e pegou o celular de volta, constatando o que a havia aterrorizado:

No Conto da Parede #7

“Cadê meu beijo antes de dormir?” A sua esposa comentou, mas ele não deu muita atenção e logo pegou no sono.

O sol apareceu entre nuvens escuras, ele abriu os olhos e os esfregou com uma das mãos. Com a outra, começou a tatear o colchão para acordá-la com um tapinha, como sempre fazia. Mas só encontrou um vestido amarelo sujo de terra molhada.

No Conto da Parede #6

Em casa, no trabalho, andando pela rua ou parada numa fila do banco, ela nunca conseguia ter sossego. Eles sempre estavam lá.

Era um falando de um lado, o outro do outro e ela no meio, num turbilhão de aborrecimento, chateação e constrangimento que a deixava louca. 

No Conto da Parede #4

Gente pra lá e pra cá num mini alvoroço aguardando o atendimento. Algumas pessoas conseguindo, outras não. Um sentimento de impotência e agonia.

Senha 202 chamada no letreiro. Muito longe da 257 que ele segurava na mão. Naquele momento ele sabia que pouquíssimas coisas poderiam ser piores do que aquela espera interminável. 

No Conto da Parede #3

Já fazia 15 anos desde aquela trágica noite. Porém, a escuridão debaixo da cama ainda o obrigava a manter os pés sempre cobertos, mesmo em dias quentes como aquele.

“Já tô acordado!” – ele respondeu ao irmão. 

No Conto da Parede #2

Seus olhos se abriram, mas não por completo. Uma tristeza os acompanhava. Afinal, era uma segunda-feira. E quem gosta de segundas-feiras?

Mas calma, não era um começo de semana qualquer, era um feriado. E então os seus olhos sorriram e seus lábios também. Uma felicidade que estaria completa se